quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Jean eterno

 

Carismático, sereno e dono de um grande talento, Jean da Silva se despede em silêncio e deixa saudades.





Na noite da última sexta-feira (24/11), a comunidade do surfe entrou em choque com a perda de Jean da Silva, um dos surfistas mais talentosos que o Brasil já conheceu.

Aos 32 anos, Jean foi encontrado morto na residência dos seus pais, em Joinville (SC), depois de ter cometido suicídio. O atleta vinha sofrendo de depressão, uma doença grave e silenciosa que afeta 322 milhões de pessoas no mundo, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). O número representa 4,4% da população do planeta.

No surfe, a depressão não é novidade. Nomes como os ex-tops da elite mundial Mark Occhilupo, Neco Padaratz e Fabio Silva já admitiram publicamente que enfrentaram a doença. Naquela época, a barreira da língua, o afastamento da família e a rotina estressante do Circuito Mundial (pressão por resultados e cobranças de patrocinadores) eram as principais causas do problema.

De acordo com a OMS - que abordou o tema como "mal do século XXI" -, esse índice tem aumentado consideravelmente. Os números atingem 18% a mais do que há dez anos.

Tratada de forma incompreendida por muitos, inclusive por quem é diagnosticado, a doença pode atingir pessoas de qualquer idade, qualquer lugar e qualquer classe social, famosos e anônimos.

A depressão é a principal causa de mortes por suicídio. São cerca de 800 mil casos por ano. Estima-se que a cada 100 pessoas com depressão, 15 delas decidem colocar fim à própria vida. Ainda de acordo com a OMS, o suicídio é a segunda principal causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos.

Em reportagem publicada pelo site da Veja, amigos de Jean comentaram que o atleta não dava sinais de depressão. “Da última vez que conversamos ele estava normal, feliz, brincando com todo mundo”, contou um dos amigos ao veículo.

Porém, de acordo com a psicóloga Elaine Lopes, a ideia equivocada mais comum em relação à depressão é de que ela causa um sentimento de tristeza. "O deprimido não necessariamente precisa ficar sem sair, sem comer, sem tomar banho. Pelo contrário! Muitas vezes ele sai, se arruma, come – às vezes até demais, para tentar ir contra os sintomas: para tentar se sentir forte! E são essas tentativas que desgastam, deprimem e o fazem sentir incapaz, impotente e só", escreveu Elaine em seu blog no site A Tribuna.


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Jean na praia de Maresias (SP), onde competiu pela última vez. Foto: © WSL / Smorigo.


Alguns dos sintomas da depressão são desinteresse por atividades, alteração de peso não intencional, distúrbio do sono, agitação ou apatia constante, fadiga diária, inutilidade ou sentimento de culpa, dificuldade de concentração e ideias suicidas.

Caso seja identificado algum sintoma, é necessário buscar ajuda profissional para identificar o grau da doença e definir o tratamento adequado.

Por se tratar de um problema que se agrava aos poucos, é comum que a doença seja diagnosticada em um quadro já avançado, e às vezes, não sendo tratada com a devida importância. O maior problema é que em apenas 30% dos casos os pacientes recebem um tratamento adequado, e o agravamento da doença pode levar a pessoa portadora ao suicídio.

O diagnóstico adequado deve ser feito por um profissional (psicólogo ou psiquiatra) e os sintomas devem persistir para que a doença seja caracterizada. De acordo com a psicóloga Rosângela Garcia, os sintomas da depressão variam de um indivíduo para outro, mas muitos conseguem exibir uma aparente saúde mental – como mecanismo de defesa –, o que não significa que eles sofram menos.

"Talvez ele tenha dias ruins e dias melhores: a depressão traz altos e baixos para a vida do deprimido. Pode não haver um motivo aparente para as suas alterações de humor. Muitas vezes, a sua alegria superficialmente natural pode ser uma forma de disfarçar seus sentimentos e mostrar-se forte perante os outros", escreveu Rosângela no site do Jornal Notícias do Estado.

Em mensagem enviada a amigos (e publicada com a autorização da família de Jean), Sidnei da Silva, pai do atleta, desabafou sobre a morte do filho e deixou uma mensagem de conscientização: “Não existe uma coisa pior na vida do que perder um filho, do que perder um irmão… A única coisa que posso dizer a todos é que estou muito feliz por ter tido um filho tão maravilhoso como o Jean era. Viveu uma vida plena. Falecido com 32 anos, mas digo a vocês com certeza que ele viveu mais de 80 anos. Quero agradecer às palavras de todos e dizer que vamos continuar lutando. Agora atenção volta-se cada vez mais forte para o nosso outro filho (Maycon), e queria aproveitar e dizer a todos que têm filhos, que continuem amando-os cada vez mais, com mais intensidade, a cada dia olhando com carinho para todas as suas necessidades e o que eles precisam… Fiquem atentos a todos os sinais, porque o meu filho infelizmente foi acometido de uma doença silenciosa, sorrateira, uma coisa que nos cegou e a gente não percebeu. Cuidem dos seus filhos, olhem, prestem atenção aos sinais, porque isso é uma coisa que pode acontecer com todo mundo. Eu jamais pensaria que isso poderia acontecer na nossa família. A gente sempre acha que coisas ruins acontecem só com os outros, e infelizmente entrou na nossa casa”, disse Sidnei.


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Entubar em lugares como a Indonésia era uma das suas maiores paixões. Foto: Luana Panek.


Inteligente, carismático, sereno e dono de um surfe muito fluido, Jean obteve muitos resultados expressivos ao longo da carreira.

Conquistou três títulos nas categorias de base do Circuito Brasileiro - Iniciante (1999), Mirim (2001) e Open (2002); venceu três etapas do QS - Fernando de Noronha (2006), Portugal (2008) e Virginia Beach (2012); foi terceiro no Mundial Pro Junior em 2006 e, no mesmo ano, faturou o título catarinense profissional. No ano de 2010, Jean tornou-se o primeiro surfista de Santa Catarina a erguer a taça de campeão brasileiro profissional. Dois anos depois, foi coroado campeão sul-americano da Association of Surfing Professionals (ASP), hoje conhecida como World Surf League (WSL).

Por anos, foi apontado como sério candidato a uma vaga na elite mundial. Chegou a ficar entre 10 primeiros no ranking no decorrer de algumas temporadas, mas não não conseguiu manter o ritmo até o fim do ano.

Em 2017, sem vaga nas etapas com 10.000 pontos do Qualifying Series por não ter terminado a última temporada entre os 100 melhores da divisão de acesso do Mundial, Jean direcionou seu foco apenas nos eventos com 6.000 pontos, competindo na Austrália, Japão, Espanha e Portugal.

Na Indonésia, onde passava boa parte do tempo curtindo as ondas perfeitas do arquipélago, aproveitou para disputar um QS 1.000 em Krui Beach e acabou conquistando o seu melhor resultado no ano, ficando em terceiro lugar. No fim do ano, Jean ainda competiu nas etapas brasileiras, em Itacaré (BA) e Maresias (SP), mas os resultados não foram suficientes para que ele garantisse uma vaga entre os 100 melhores no ranking do Qualifying Series.

A notícia da morte de Jean deixou a comunidade do surfe atônita, mas quem teve a oportunidade de conhecê-lo, jamais esquecerá da sua humildade, educação, carisma e talento, como o Top australiano Adrian Buchan: "Obrigado por me mostrar os atalhos quando fui ao Brasil pela primeira vez. Obrigado por ser sempre amável e disponível. Obrigado por ser um dos melhores hóspedes que já tivemos em casa. Obrigado por compartilhar seu amor pela vida e surfar comigo. E por sempre ter tempo para meus pais e minha irmã. Sinto muito, eu nunca consegui dizer isso nesta vida... mas te vejo na próxima".

Campeão mundial em 2015, Adriano de Souza também deixou sua mensagem de despedida: "Jean, não sei o que dizer nesse momento de dor. Tu foi uns dos caras que mais puxou a minha evolução na fase amadora. Um surfista de corpo e alma. Descanse em paz".

Miguel Pupo é outro que lembra com carinho do catarinense: "Ele tinha um apelido especial para cada um de nós. Nas minhas lembranças, você sempre vai estar sorrindo. Descanse em paz, "Jeanbush"".

Conterrâneo de Jean e recém-classificado à elite mundial, Tomas Hermes descreveu o amigo: "Um influenciador direto da minha geração, um cara em quem nos espelhávamos, sem falar no surf! Para, né? O cara flutuava sobre a prancha! Às vezes não temos ideia do quanto um esporte tem um poder de nos unir como família. A família do surf está com o coração apertado, querendo poder falar com ele", escreveu Tomas.

 

Em 2012, durante uma entrevista marcante que fiz com Jean, ele contou que chegou a pensar em abandonar a carreira devido aos desgastes nas viagens para competir. Também revelou que ficou traumatizado ao ser assaltado em sua própria residência, depois de vencer o Hang Loose Pro Contest em Fernando Noronha. "Nasci de novo!", disse Jean, que levou uma coronhada, uma facada e foi ameaçado de morte com a arma apontada para a sua testa.

Veja abaixo alguns trechos da entrevista publicada em novembro de 2012:


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Em 2010, Jean tornou-se o primeiro catarinense a conquistar o título brasileiro profissional. Foto: Pedro Monteiro.


Como o surfe entrou em sua vida?

Meu pai, Sidnei da Silva, pegava onda quando era mais novo e sempre frequentávamos o Balneário Barra do Sul nas férias. Sempre gostei de ficar na água; nadava três vezes por semana e gostava muito de ficar brincando no mar com meu irmão (Maycon), com uma prancha de bodyboard que ganhamos. Em pouco tempo começamos a ficar de pé, buscando fazer qualquer coisa diferente de estar deitado nela. Foi quando ganhei minha primeira prancha de surfe de verdade, isso porque já havíamos quebrado algumas pranchas de body nessas tentativas! Foi bem no meu aniversario de 7 anos (6/2/92) e dada pelo meu pai. Ele disse que eu poderia tomar como uma atividade saudável para o resto da vida e não ficar na areia da praia fazendo castelinhos de areia ou, pior ainda, depois de velho, estar fazendo castelinho de latinhas de cerveja. Foi uma forma carinhosa de me orientar a praticar um esporte saudável, ocupando a mente com algo que valesse a pena, e até mesmo ter um futuro nisso!

 

Bom, a prancha era zerada e era uma 5"9 Oceano, laminada pelo então shaper Afonso Egert, hoje empresário de surfwear. Essa prancha já tinha uma história antes mesmo de eu ter estreado: era uma prancha nova a partir de uma prancha velha! (risos), provavelmente uma 6"6 que virou 5"9. Ela não tinha envergadura alguma, era uma tábua de passar. Era difícil não imbicá-la na água!!


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Carregado pelo irmão em 2002, depois de vencer um Pro Junior na Ilha do Mel (PR). Foto: Ricardo Macario.


De qualquer maneira, era verão e eu não saía mais da água. Foi quando começamos a fazer várias amizades no mar. Foi aí que conheci Balú e, aos 13 anos, meu velho amigo me convidou para competir em um evento local em Barra do Sul, só por brincadeira. Competi na categoria Estreante (naquela época não havia categoria Grommet ou Infantil). Daí, competia com vários atletas de diferentes idades e tamanhos. Fiquei em segundo lugar. Foram três etapas; venci as duas últimas etapas e fui campeão da Estreante.

Paralelamente, eu também competia nos eventos de natação e treinava três vezes por semana com meu irmão. Certo dia, meu treinador falou pra mim que eu teria de treinar aos sábados também. Virei para o meu pai e disse que não queria mais nadar (risos). Não iria perder o fim de semana de surfe por causa do treino de natação!

 

Meus pais me apoiaram desde sempre na minha carreira. Lembro certinho dos mínimos detalhes quando meu pai ia me buscar no colégio em Joinville, com um prato de comida no banco da frente que minha mãe tinha preparado para eu comer rapidinho no caminho até o ponto de ônibus para a Barra. Treinava a tarde toda sozinho e no fim de tarde eu voltava a Joinville para estudar e fazer curso de inglês. Foi uma das épocas mais maneiras. Tinha aquela aventura de pegar o ônibus por duas horas sem saber como o mar estava, chegar à praia e não ter ninguém surfando no mar! Era muito bom!

Você sempre foi visto como um atleta muito exemplar, mas teve uma fase sem resultados há alguns anos. O que aconteceu?

Sempre fui e sempre serei visto como um atleta exemplar enquanto estiver nas competições, porque o esporte faz parte de mim. Passei por uma fase difícil em minha vida. Fui assaltado por conta de um evento que venci. Fiquei traumatizado com isso. Lutei muito para conseguir minhas coisas, sempre fui muito focado e dedicado, e depois disso eu não queria mais vencer eventos, com medo de que isso viesse a acontecer novamente. Veio o Jean que as pessoas nunca viam sair à noite e se espantavam com minha presença em baladas, mas eu não via nada de mais naquilo porque eu sabia o que estava fazendo! Uma pena que muitas pessoas olharam isso de uma maneira errada, acabaram apontando dedos e julgando como elas bem entendiam. O bacana foi que isso não durou muito. Botei a cabeça no lugar e segui no meu foco.


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Jean da Silva passando por dentro da Cacimba do Padre, onde já disputou duas finais do QS, vencendo uma delas (2006). Foto: Daniel Smorigo / WSL South America.


Como foi esse assalto?

Isso aconteceu em 2006, depois que venci o Hang Loose Pro Contest em Fernando de Noronha. Publicaram muitas reportagens em revistas, websites e jornais sobre meu feito. Só que, em uma dessas publicações em jornais, saiu uma nota dizendo que ganhei a premiação equivalente a 200 mil reais, valor total distribuído entre os 96 atletas naquela época. Depois de um ou dois meses, em uma noite tranquila, duas pessoas entraram em minha casa armadas, perguntando sobre o dinheiro. No momento eu não entendi nada porque não podia acreditar que aquilo era um assalto! Levei uma coronhada na cara, fiquei amarrado por muito tempo e sempre sendo intimado pela premiação. Depois de um tempo falando que o único dinheiro que eu tinha comigo estava em minha carteira, eles falaram que iriam cortar meus dedos, e eu dizendo que eles iriam me matar e não achariam nada porque realmente não tinha nada comigo. Quando eles viram que não iriam chegar a lugar algum, um dos assaltantes falou para me apagar! Colocou a arma na minha testa e falou “apaga”. Fechei meus olhos e achei que era o fim. Nada aconteceu! Mais uma vez eles confirmaram que não chegariam a lugar algum com aquilo. Enquanto um ladrão apontava a arma para mim, o outro pegava tudo o que eu tinha no meu armário, como roupas e relógios do meu patrocinador. Mais uma vez ele veio para cima de mim e disse "apaga ele!". Aí, eu já não tinha mais esperanças; olhei para a arma apontada na minha cara e estava pronto para morrer, já que não tinha o que fazer a não ser esperar para ver como era o outro lado dessa vida. No fim, saíram com algumas roupas e um computador que eu tinha, e me deram uma facada nas costas, muito perto do pulmão. Por sorte eu não morri, pelo corte não ter sido tão profundo. Foi uma das experiências mais pesadas da minha vida. Passei quase um ano tentando absorver isso e acabei não conseguindo competir direito. Mas, graças a Deus, isso passou e tudo ficou para trás! Deparar-se com a morte em uma situação dessas foi algo que me renovou. Nasci de novo!


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Jean na Praia Brava (SC). Foto: Reprodução.


Chegou a pensar em abandonar o surfe alguma vez na carreira?

Já pensei em abandonar as competições em um ano. Estava competindo muito e surfando pouco. O surfar pouco quer dizer viajar pouco para lugares com ondas boas e viver o real espírito do surfe. Cheguei ao ponto de me sentir sufocado de tantos campeonatos e viagens desgastantes, dormindo mal, passando por inúmeras roubadas, surfando com pranchas emprestadas porque entre as conexões elas se perdiam no caminho. Enfim, muita coisa que não estava curtindo. Quando fiz uma viagem para a Indonésia com meus amigos Marco Giorgi, Loic Wirth, Icaro Ronchi e Cicero Ronchi, minha visão mudou em relação a tudo. Meu surfe evoluiu e acabei competindo muito mais feliz. Uma das coisas que também me incomodava acho que era a questão da cobrança. Eu me cobrava muito em todas as etapas, sempre queria vencer e não admitia a derrota. O engraçado era que as pessoas mais próximas me diziam "Poxa, olha para o Jean, ele perde e não sai da bateria socando a prancha ou indignado!". Mas, a verdade era que eu ficava muito bravo, só que eu refletia sobre meus erros em particular e não aparentava isso para o povo. Até em eventos que vencia, eu mal comemorava porque achava que o trabalho foi concluído da maneira que eu tinha almejado, e algumas pessoas achavam que eu não parecia estar contente (risos) e me falavam para comemorar porque gostavam de ver a cara de “vencedor feliz” (risos).

Você se arrepende de alguma coisa que fez?

Não me arrependo de nada porque sempre tive uma vida normal! Eu me arrependo de não ter viajado mais para pegar ondas perfeitas (risos).

Clique aqui para ver a entrevista completa.





Source: Jean eterno
Jean eterno

Dimming Skies - Octavio Mazza De Luca

 

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Dimming Skies - Octavio Mazza De Luca

¿Por qué nos gusta tanto el Glinding Barnacles?

 

¿Por qué nos gusta tanto el Glinding Barnacles?

La respuesta es sencilla. Los amantes de long en su vertiente más clásica, nos gusta reunirnos, surfear, ver tablones y ver a gente surfear. Pues lo que nos ofrece cada año el Gliding Barnacles en Figueira da Foz, es una playa en la que poder surfear, una explanada a pie de playa donde poder quedarse a dormir y un elenco de lo mejorcito de loggin mundial. Una receta sencilla y que tiene mucho éxito. No es necesario saraos de mercadillos, buscar atraer a un público que no surfee o montarte macro fiestas para adolescentes. Loggin y buenos loggers, así de sencillo.

Este año el nivel fue, como otro años, excelso.

Riders internacionales:

Karina Rozunko desde California:



Lola Mignot e Israel Preciado desde Sayulita, México:



Hideki Jumbo Sakakibara, gran surfista desde Japón:



Troy Mothershead desde California:



Joe Hornbuckle desde Reino Unido:



Beau Young:



Y muchos más como Jordan Spee, Hudson Ritchie y un largo ect…

Desde algo más cerca también había buenos riders, como:

Yrwan Golden:



Mathiew Merchal



Nathan Sadoun:



Matteo Fabbri:



Manuel Muñoz de la Espada, desde Córdoba:



Desde Galicia, Dani Alvite:



También desde Galicia, el joven rider Iago Formosel:



Y desde Asturias Nico ‘Niki Dora’:



Desde Burriana, nuestro buen amigo Pepe Birra:



Y para acabar, alguno de los surfistas Portugueses que también se dieron cita en el Gliding Barnacles:

Kat Barrigao:



Marco BloodBrothers



Ricardo Almeida:



Y el local y anfitrión, Eurico Romagera:



Resumiendo, la combinación es sencilla, un grupo de buenos surfistas, buenas olas y tendrás un festival que funciona, donde la gente se lo pasa bien y disfruta un montón. Sin parafernalia, sin cosas innecesarias para llenarse los bolsillos. El Gliding lo saben y esa es la clave de su éxito. Sin duda un festival al que merece la pena asistir.

También se puede ver en este vídeo de nuestro amigo Octavio Mazza:


Source: ¿Por qué nos gusta tanto el Glinding Barnacles?
¿Por qué nos gusta tanto el Glinding Barnacles?

quarta-feira, 29 de novembro de 2017

This Stunning Photo Book Profiles Cuba’s Oft Misunderstood Surf Scene

Give your coffee table the gift of stoke this Christmas.



Back in June, the folks at Makewild Films alerted us to an interesting reality in the Caribbean island country of Cuba. Surfing is technically not legal there. I hesitate to say illegal, because the minuscule population of Cuban surfers has somehow made a space for itself. But over the years as many Cubans have fled the island attempting to navigate the 90-or-so miles to Key West on all sorts of craft with varying degrees of buoyancy and hydrodynamics, it makes sense that the government would be suspicious of anyone paddling away from the shoreline, God forbid, for recreation.


Photo: Marco Bava




The geopolitical situation what it is between the United States and Cuba, the free flow of information, culture, people, etc. between the two countries is like a folded garden hose. Drips and drabs. But as far as surfing goes, even some Cubans themselves can’t believe surfers are able to find ridable waves around the island.


Photo: Corey McLean




I mentioned a few short months ago, the guys at Makewild Films made a short about the surf scene in Cuba, its existence in legal limbo, and the desire of local surfers to represent their country in the Olympics:


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But as a way to spread the beautiful images they took as a result of that project and in an effort to bring their full-length film to life, the team created a stunning photo book that offers an insider’s glimpse of an enclave of the collective surf world that is so often misunderstood, if its existence is even acknowledged at all.


Photo: Seth Brown




As with any Kickstarter (for that, click here), there are a number of rewards depending on the financial support you care to pledge, along with a drawing for a new Firewire surfboard should you pledge $40 or more. And the book ships in time for Christmas.


Source: This Stunning Photo Book Profiles Cuba’s Oft Misunderstood Surf Scene
This Stunning Photo Book Profiles Cuba’s Oft Misunderstood Surf Scene

The Netflix Film Resurface Illustrates How Surfing Can Actually Save Veterans Lives

Twenty two veterans take their own lives every 24 hours in the United States. Surfing might help change that.



 


Meet Gordie. He’s a military veteran. His age is hard to pin down. He’s probably in his early 30s but looks double that. He can’t walk properly, he stoops with a kind of sideways hunch as if he might keel over at any moment. In fact, he can’t walk at all without assistance. He has virtually no hearing or sight. He’s been blown up nine times. And he desperately wants to go surfing.

Meet Martin. He’s a veteran, too. He’s got no legs anymore, and he’s only got one arm left. His other three limbs were blown off by an I.E.D. somewhere in Afghanistan. He’s experimented with prosthetics but can’t get them to fit properly. He’s been offered surgery to have steel rods inserted into his empty leg sockets, but he’s turned it down because it might stop him surfing. In his eyes “surfing’s more important than walking.”

And meet Bobby. He suffers from PTSD as a result of his time in the US Marines. His cupboards are filled with prescription meds that don’t work. He’s got drugs to counter-balance other drugs, and he can’t remember what most of them did in the first place. He flies into blind rages sometimes, then forgets why. He doesn’t sleep. He says that forgiving himself has been the hardest thing about coming home from war. That’s to be expected, as he says, when you “take a child’s life.” Bobby wanted to surf as well. In fact, going surfing was supposed to be the last thing he ever did.
He says “I was going to go surf, make sure everything was in order, then I was going to get my gun and kill myself.”

These stories are documented in the superb Netflix documentary Resurface. Gordie, Martin, Bobby, and many others like them, suffering from a range of physical disabilities and traumatic brain injuries, have been introduced to surfing via a program called Operation Surf.

All three of these men had their lives changed by surfing. In Bobby’s case, surfing literally saved his life, ensuring that he didn’t become one of the 22 veterans who take their own lives every 24 hours in the United States. A shocking fact that’s cited in the documentary and was uncovered by a study by the Department of Veterans Affairs in 2013.

Run by California native and lifelong surfer Van Curaza, Operation Surf aims to use surfing as a mechanism of healing for ex-servicemen and women. Curaza himself admits to battling drug addiction in the past and was compelled to start Operation Surf when years later he realized that “surfing was the only thing that had kept my life intact.”

Resurface gives a glimpse into some of the ways in which surfing can grant meaning and purpose to the lives of those who need it most. The simple beauty of surfing is that it commands all of your focus and presence – certainly to do it well, and certainly as a beginner. For war veterans conditioned to be purposeful, but whose lives may lack a clear purpose and direction after leaving the military, surfing can be the savior they need. As one of the surf coaches involved in Operation Surf says in the documentary “[surfing] helps them describe themselves with a new story.”
 Thanks to Operation Surf, some of these men and women have been given, quite literally, a reason to live. As they say in the film: “If you’re thinking about what the waves are doing tomorrow, you’re not going to kill yourself today.

Occasionally you’re lucky enough to stumble on something that contextualizes your minor gripes about bad days at work, bad weather blues, or whatever else. That’s what ResurfaceLearn more about Operation Surf here.

Source: The Netflix Film Resurface Illustrates How Surfing Can Actually Save Veterans Lives
The Netflix Film Resurface Illustrates How Surfing Can Actually Save Veterans Lives

surfing wipeouts 2017

 

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surfing wipeouts 2017

terça-feira, 28 de novembro de 2017

Gift Inspiration for Surfers - Carvemag.com

Here’s some gift inspiration for the surfer in your life.






Not sure what to get your surfing sibling or friend and lacking in inspiration? Don’t worry we have hand picked our favourite Christmas gifts for surfers, there is something for every budget. Whether you want to go big with a high tech watch which can track their surfs, to the ultimate Christmas stocking designed with surfers in mind, we have got a little something for everyone. Check out our inspiring gifts for surfers:











RIP CURL SEARCH GPS WATCH – BLACK








In at number one, we have come in with a big guns with the Rip Curl Search GPS Watch! A watch for those who live for The Search. A big gift we know but this is the ultimate surfers watch, need we say more! With GPS tracking, sharing capabilities and 1,360 tide locations, you will put a big smile on any surfers face with this gift.








QUIKSILVER MISS DOLLAR – BLACK LEATHER WALLET








A simple, easy but very handy gift to give. Everyone needs a wallet and this 100% leather wallet from Quiksilver is bound to be well received on Christmas morning.









 



 




SEX WAX CHRISTMAS STOCKING


The ultimate Christmas stocking for any surfer. A big favourite of ours here at Carve, packed full of everything a surfer needs:

2 x Bars of Sexwax
1 x Sexwax Air Freshener
1 x Sexwax Pot and Wax Comb
1 x Solarez Mini Travel Kit
1 x Creatures of Leisure Leash String
1 x C-Skins Sticker





 










SURF EARS 2.0





 






Practical presents don’t have to be dull and boring. These Surf Ears 2.0 will not only help prevent the dreaded surfers ear but they have been designed by surfers for surfers. They keep the water out, without compromising hearing.








STANCE SURFING LEGENDS – OCCY








Now we know socks and pants are a pretty cliche gift at Christmas but if you’re going to buy any socks this year make sure they are the Stance Surfing Legends series. Super comfy, cozy and the perfect thing to chuck on after a surf.








KOALITION FINS – BLUE GRADIENT FIN 8″








This solid figure glass fin with colour inlay will give any longboard extra drive. A versatile fin, that can be used as a single or a 2+1 fin on longboards. Add a pop of colour to a longboard with Koalition fins.









 



 




RIP CURL – SURF SERIES WELDED BACKPACK


The perfect addition to any surf adventure. Waterproof with a 25 litre capacity, it has been made with surfing in mind. This backpack will either keep you kit dry and protected or any water from you wet wetsuit contained. With a roll-top closure and fully welded seams, this is an awesome bit of kit for any surfer.





 










CARVE BURGUNDY
BEANIE








A post winter surf must have for any surfer, it has to be the beanie. So why not make it an exclusive Carve Magazine beanie. A simple design, no fuss, no fills just a comfy hat to keep any surfers head warm after shredding their local break. Also a complete bargain, this hat won’t break the bank.








BILLABONG – VAPER CAMO CHANGING ROBE








Changing robes make surfers lives so much easier when getting changed in a beach car park, making slipping in and out of you wetsuit hassle free. Super cozy and soft, doubling as a towel and changing robe, this robe is guaranteed to make any surfer happy on a cold winters day.








Source: Gift Inspiration for Surfers - Carvemag.com
Gift Inspiration for Surfers - Carvemag.com

Caio Teixeira. 1 minuto de Surf clásico Brasileño

Caio Teixeira es uno de los mejores representantes del longboard clásico Brasileño, finura, todo parece fácil para él, mas de 4 pasos para llegar a la punta de la tabla y single fin, las señas de identidad del surfing que a él y a nosotros nos gusta.

Edit: Pedro Scansetti



Edit: Cássio Sanches



 


Caio Teixeira na praia da Macumba. Foto: Felipe Ditadi.




http://www.caioteixeira.com/

Source: Caio Teixeira. 1 minuto de Surf clásico Brasileño
Caio Teixeira. 1 minuto de Surf clásico Brasileño

segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Sri Lanka & Maldives Travel Guide 2017 - Carvemag.com







SRI LANKA
With consistent swells between two and four feet, tropical waters, a friendly, bustling culture and a great exchange rate, the west coast of Sri Lanka has long been a winter escape for the surfers of Europe. There are waves right around the west coast with traditional surf centres of Hikkadua, Ahangama, Midigama and Weligama all well set up with quality accommodation providers, surf schools, cafes and restaurants. It is a perfect spot for everyone from beginners to advanced surfers, and is particularly well suited to intermediates and families with frothing groms. Expect to get up at dawn to catch the glassy waves which never seem to go flat, then shelter from the midday sun before an evening glass off sesh. Choose to stay in one location or move up or down the coast. You probably won’t get empty lines, unless you go exploring, but you will have fun. Most accommodation providers will book you transport from the airport via taxis or minibuses. Alternatively you can book them in the airport arrivals area, or go outside and haggle. Hikkadua is two hours from Colombo airport. Weligama and Midigama two and half hours ($100 one way). If you are feeling adventurous take the train which goes down the coast. Must dos while you are away include the snake farms, and you can rent your own tuk-tuk and go on an adventure. Roads are very busy so we wouldn’t recommend mopeds. A lot of the surf camps provide surfari days out.













SRI LANKA
WHEN TO GO: October – March
AIRPORT: Colombo
ACCOMMODATION: See our recommended guide.
LANGUAGE: Sinhalese and Tamil are the two official languages of Sri Lanka. Pretty much everyone speaks English too.
CURRENCY: Sri Lankan rupee
RUBBER: None – boardies, bikinis and rashies.
WATCH OUT FOR: The roads are insane, buses race each other to be the first to passenger stops. Be careful anywhere near them. Always haggle for best prices, it’s expected.
AFTER DARK: Some great restaurants and cafes in all areas with all sorts of food. Seafood is great here. Lots of street food is really good quality. Try the rotis – filled flatbreads. Great and cheap.




































 








MALDIVESThe Maldives is, in two words, perfect fun.
Warm water, predominantly offshore winds, remarkably consistent swells and reefs that work from two feet upwards. As a destination is it easy to get to – a long haul flight with one short stop in the Middle East being the norm, then a 30-45 minute speed boat out to the camps or your boat will meet you in the harbour. The airport is harbour side so you walk out of departures and into your trip whch is pretty handy. The reefs are generally flat with not as many sharp bits, shallow or unpredictable sections from hell awaiting to take your skin off like in Indo or the Pacific. There is nothing that really wants to eat you in the sea, or on land, no terrible tropical diseases, and the camps are safe with great relationships with locals.
Wave wise it is the most user friendly place you can think of and is ideal for first trips, intermediates, experts and groms. Expect more power than the UK, but not as much as Indo unless there is a big swell and you are at one of the hollower breaks like Cokes or Beacons. Most of the waves offer long walls wrapping around the islands with deep channels. All the camps will also offer speed boats to the breaks nearby for variety. Boats will cruise around looking for the best wave. Despite being more popular than ever you can still score uncrowded ‘golden hours’ here even at the height of the season.
Outside of the surf you have seen the shots – impossibly turquoise water, serene backdrops, turtles, fish, dolphins, mantas, lion fish, massive fruit bats … it is all there. The best diving or snorkelling in the world is right there in the channels that surround your camp.











MALDIVES
WHEN TO GO:
 Main swell season is March to October but you can score all year.
AIRPORT: Male (MLE)
ACCOMMODATION: See our recommended guide overleaf.
LANGUAGE: Dhivehi, but everyone speaks English too.
CURRENCY: Maldivian Rufiyaa
RUBBER: None. It’s boardies, bikinis and rashies.
WATCH OUT FOR: Having too good a time. Some local camps are on islands with a Muslim heritage so expect to dress modestly while in villages. Some camps may not serve alcohol but they will tell you on their websites.
AFTER DARK: Everything happens during the day here so get up at dawn if you can and make the shot of every day. Camps will entertain you, and there is noting like an apres-surf beer on a boat at sunset, but it is not the place to go if you expect to go clubbing.








 



Source: Sri Lanka & Maldives Travel Guide 2017 - Carvemag.com
Sri Lanka & Maldives Travel Guide 2017 - Carvemag.com